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quinta-feira, 8 de abril de 2010

Indiana Jones pós Montezuma

Fiquei um bom tempo sem ter um vídeogame. Como na maioria dos casos dos que nasceram na década de 70 ou 80, meu primeiro foi o saudoso Atari. Depois vieram o primeiro PC, Nintendo e Mega-drive. Não me lembro ao certo, mas esse último devo ter usado pela última vez no início dos anos 90.

Não acho que eu tenha sido um maníaco por joguinhos, mas eu gostava de brincar um pouco. Um joguinho inspirado no Indiana Jones era meu preferido. Lembro de ficar horas ali jogando, lembro da minha mãe ficar horas jogando, ligar pras amigas passando ou pedindo dicas pra mudar de fase. É um jogo de aventura tradicional, você vai matando todo mundo, descobrindo coisas escondidas, passando para próxima fase. Alguns dias ou meses depois, você "zera" o jogo.

Há dois anos comprei meu videogame atual, com a desculpa que já era um tocador de discos blue ray. É a argumentação clássica, afinal é mais barato que qualquer outro aparato que apenas passa filmes ou shows. Eu na verdade não estava preocupado com o blue ray, isso apenas corroborou minha escolha. Não queria um console que rodasse Windows. Minha motivação veio dos meus amigos paulistanos e de um primo com sotaque mineiro, todos alucinados com Winning Eleven.

Desde então, jogo Winning Eleven em oito das dez vezes que encontro quinze minutos para sentar no sofá e ficar com os dedos doendo. Nas outras duas o telefone toca antes de efetivamente começar a brincadeira. Imaginei que apenas viraria casaca, quando mês passado comprei Fifa 2010 e Uncharted. Esse último apenas para não comprar só jogo de futebol, numa clara tentativa de gostar de algo que não fosse esporte. A EA Sports se superou, depois de anos prometendo bater o Winning Eleven, eles fizeram valer cada dólar investido. Movimentação corporal mais real, gráficos incríveis e excelente jogabilidade. Não é tão fácil fazer o gol quando se está cara a cara, parece que transmitiram a pressão de decidir de um jogo de verdade pro momento e pra forma como você deve apertar o quadrado.

O outro jogo seria Uncharted ou God of War, saí daqui com apenas esses nomes na cabeça. Desisti do God of War pelo tanto de sangue que escorre pela tela da televisão e escolhi Uncharted pelo título de melhor jogo de videogame em 2007, também pelo alarde do lançamento da versão dois lá nos Estados Unidos. Agradeço as consultorias do meu irmão, do meu primo e de um desconhecido que encontrei na GameStop do Milenia Mall.

Acertei em cheio, parece filme mas é jogo, é fantástico. Emoção e adrenalina em doses adequadas, com áudio em português de Portugal pra dar um tom histórico na busca pelo tesouro de Drake. O protagonista é como um Indiana Jones caçando sua arca perdida. É galã, está sempre em apuros, sempre dá um jeitinho. De lambuja, ele me fez lembrar dos tempos que jogava Montezuma no Atari. Joguei algo como 6 horas ou 60% do jogo, imagina se saberia todas essas estatísticas naquela época. Falta muito pra acabar e estou feliz. Tão logo termine terei que comprar o dois.

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