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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Uberaba-MG

ir a Uberaba é:

- doce de leite Centenário no congelador
- visitar o mercado municipal, ao lado de onde costumava morar com meus queridos avós
- lembrar dos tempos difíceis de Zé Ferreira, a primeira integral com o prof. Mariano
- trazer um bocado de requeijão queimado, queijo meia cura e pé de muleque
- lembrar das intermináveis viagens de carro, saindo na madrugada de Foz
- Natal na casa da vovó Hilda
- beringela da casa da vovó Zezé
- estudos durante a tarde toda no quartinho lá de cima
- ir à fazenda com vovô Nelo e andar a cavalo até dizer chega
- ir à casa do tio Alberto ou do tio André
- ir às primeiras baladas com o tio Adelmo
- comprar qualquer coisa no Mil Réis
- jogar buraco, vó arrumando óculos com mãos calejadas, vô roubando nas cartas com scotch na mão
- amigo oculto ao invés de secreto
- vitamina com suco de laranja e paçoca do japonês
- usar botina Zebu
- brincar de gato mia com os primos
- esperar ansioso pelo Papai Noel e, depois, tentar adivinhar quem era
- jogar botão com a seleção da Itália
- pedir ao tio Adelmo pra jogar video game, River Raid, Top Gear
- shopping Urbano Salomão, Generoso Lenza e rua Tristão de Castro
- pão quentinho na padaria do vovô Ítalo, esperar o pão italiano do tio Itinho
- encontrar padrinho e madrinha, receber os presentes
- jogar Perfil ou War, na mesa redonda da sala
- produtos da D. Izaltina
- aguardar as frequentes visitas da tia Nice, tia-avó
- tiros de espingardinha de chumbinho
- Tiro de Guerra, whisky para Coronel e outras patentes
- München
- 1o de maio, Expozebu
- bolo de laranja da vó, pão de queijo da tia Glória

acima de tudo, celebrar a vida em família ao menos uma vez por ano, nos últimos 30 anos.

Um comentário:

  1. Me lembro de você quando pequeno, talvez uns 4 ou 6 anos de idade.
    Na fazenda do Vô Nello, calça azul marinho com duas ou três listras brancas, camisetinha branca e um chapéu tipo panamá... vagando pelos currais com uma varinha na mão. Todo sujo de terra, nem era poeira não era terra vermelha mesmo.
    Me lembro que quando você queria pedir algo pra gente, você dizia assim:
    "Você deça, você deeeeeeeeeeeeeeeeeeeeça!"
    É, você arrastava esse "e" e esticava o pescoço com a maior cara de pidão, que não tinha como negar um pedido daqueles, de tão puro, de tão doce. E ai de quem negasse, vinha um bico com bochechas rosadas que só curava depois de 2 horas.
    Cê cresceu moleque, mas seu berço foi muito forte, nunca se perca dele.
    Beijo bem grande, Tio Adelmo.

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