Páginas

terça-feira, 27 de julho de 2010

Como às vezes é difícil "dar o exemplo"!

Falar é, na maioria das vezes, mais fácil que Fazer quando o tema é "Dar o exemplo". Não é das coisas mais difíceis dizer ao seu filho o que é certo ou errado, e muitas das vezes também não é doloroso fazer o certo ao invés do errado. Explicar como se portar à mesa é tão fácil quanto fazê-lo, quando pretende ensiná-lo a manusear garfo e faca. Explicar o teorema de Pitágoras e executá-lo antes daquela temida prova de Álgebra também não demanda grande esforço. Exemplos fáceis onde ambos, falar e fazer, são quase que atividades corriqueiras de tão simples tenho aos montes pra sustentar essa linha de raciocínio, pararei por aqui e vou direto ao assunto.

Muricy Ramalho é o sujeito mais correto do mundo podre do futebol. Já suspeitava a um tempo, mas essa semana o Brasil todo teve a certeza. Imagine você, após ter acabado de assumir o compromisso de trabalhar em uma grande empresa de atuação no mercado nacional, receber um bom salário e cumprir determinados objetivos, receba o convite de outra empresa muito maior, com atuação global, recebendo muito mais, algo que seria o topo de sua carreira profissional. O que você faria? Eu não tenho dúvida do que eu faria, imagino que você também não.

Antigamente Palavra era algo realmente importante, não haviam contratos, não havia necessidade de assinar documentos para oficializar o combinado, era no "fio do bigode", como diria meu avô fazendeiro no interior de Minas Gerais. Hoje nem parece que a tal Palavra já representou um acordo, já valeu pra resolver conflitos, já fez as vezes do contrato que assinamos hoje pra tudo na vida, desde telefonar até assistir televisão.

Durante o processo de escolha do técnico da seleção brasileira, Muricy disse o seguinte: "Como pai, o dever de cumprir aquilo que está acertado é a mensagem que passo aos meus filhos e, em nome disso, que mantenho sempre a minha postura e posições em minha vida." . Após receber o convite oficial do ditador Ricardo Teixeira, ele prontamente demonstrou óbvio interesse, o grande sonho próximo de ser realizado. Imagino que depois do convite ele deve ter ido até ao banheiro lavar o rosto, se beliscar e perguntar se aquilo tudo era real. Entretanto, não podia tomar a decisão ali, no cafezinho com o mandatário da CBF. Tinha dado sua palavra, que pra ele tinha inestimado valor. Deixo claro o que penso sobre a diretoria do tricolor fluminense, faltou sensibilidade e bom senso ao julgar a situação, mas esse é outro tema. Ele, melhor treinador do Brasil por 3 anos seguidos, não podia ir contra valores tão irrigados em sua formação, seria anti-ético, não seria justo com ele mesmo, não poderia sequer dormir tranquilo, não seria o Muricy.

2 comentários:

  1. Atitude cada vez mais rara, mas louvável como sempre

    ResponderExcluir
  2. Cris(esposa do Dênis...kkkkk)30 de agosto de 2010 às 19:07

    Aéeeeeee fatura aqui vai um alô diretamente de Arapiraca-Al pra vc garoto. Seu blog é arretado, PARABÉNS!
    Vc precisa vi aqui para postar seus comentarios de culinaria ai em seu blog. Bjo grande

    ResponderExcluir