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terça-feira, 16 de março de 2010

Minha primeira vez em uma cidade flutuante

Diferente das vezes anteriores, deixamos pra detalhar o roteiro da viagem um pouco em cima da hora. Talvez por já conhecer Orlando, talvez por saber que os parques e outlets estariam lá nos esperando todos os dias, com certeza pela correria instalada em nossas vidas pra conseguir sair duas merecidas semanas de férias.

Orlando está a aproximadamente 50 milhas de Cape Canaveral. Do mesmo porto de onde saem foguetes e ônibus espaciais americanos, também zarpam cruzeiros rumo às inúmeras praias paradisíacas do mar do caribe. O intrigante mar do caribe, é a “mesma água” do atlântico, mas porque é tão mais bonita? Ainda pesquisarei sobre o assunto e os informarei aqui.

Existem opções para todos os bolsos e disponibilidade de tempo. Depois de acabar com os limites dos cartões de crédito, decidimos fugir das araras de “Sale” e “Clearance” e embarcamos para um mini-cruzeiro de três noites nas Bahamas. Se uma imagem vale mais que mil palavras, vejam o “Welcome onboard” que recebemos:




Os detentores do cartão fidelidade da Royal Caribean já nem se lembram que pensaram isso um dia, mas vamos lá. A primeira idéia que vem à cabeça ao entrar em um navio de cruzeiro: impossível isso tudo flutuar. Refiro-me nesse caso ao Monarch of the Seas, mas planejando meu próximo cruzeiro ainda a bordo, vi que essa deve ser a impressão em qualquer um deles. O Monarch of the Seas tem doze andares, com tudo que um hotel pode oferecer. Bom, eu fiquei com um Formule1 no quesito quarto, e um ótimo  resort no quesito área de entretenimento. Parede de escalada, pista de cooper, jacuzzi e cassino eram algumas das atrações. “Stand up comedy” e “talk shows” tipicamente americanos davam o ar gringo a minha primeira viagem a bordo de um cruzeiro.

Havia comida praticamente 24 horas por dia. Além dos oficiais “breakfast, lunch and dinner”, pepperonis e hamburgers estavam à disposição aos que brincavam com a obesidade. Eles tentam misturar as pessoas nas mesas, como forma de forçar a integração das pessoas, coisa que o americano tem dificuldade por natureza. No café da manhã, eu e respectiva com mais 5 casais, todos representantes da melhor idade. O garçom educadamente anota os pedidos: 2 tigelas de frutas com granola acompanhadas de sucos naturais, 10 pratos com bacon e ovos regados a coca-cola. Café e almoço são mais informais, podemos sentar onde tivermos vontade, respeitando a regra da integração. O Jantar é mais formal, a mesa é fixa, assim como garçom e assistente de garçom. Fomos extremamente bem servidos pelo Manuel e sua equipe, com um peruano muito simpático. Manuel é indiano, origem da grande maioria dos que não estavam ali a passeio. Os portugueses, antes de pisarem por aqui, ao explorar o caminho das índias, deixaram seus nomes e sobrenomes por lá. Manuel e Mascarenhas me levaram a essa conclusão, além de outros figurantes que identifiquei pelo crachá.

Fazer um cruzeiro pelo caribe é uma viagem interessante sob vários aspectos. O caribe é recheado de ilhas, uma mais bonita que a outra. O mar exibe múltiplas tonalidades e muitas praias são quase virgens, pouco exploradas. Visita-las de outra forma que não o navio torna o planejamento da logística demasiado complexo. Tanto hospedagem quanto aéreo são caros quando comparados ao custo do cruzeiro. Fazendo conta de padaria, você pode investir pouco mais de 100 dólares/dia/pessoa em um cruzeiro, algo muito próximo ao que gastaria em qualquer hotel em solo americano, somando-se a alimentação. De forma relativamente econômica você faz uma única viagem em um cruzeiro e conhece vários lugares de uma vez, dormindo enquanto o capitão acelera os motores rumo ao próximo paraíso.


 Pude sentir o balanço do joão-bobo, mas não estranhei. Minha namorada comprou um par de pulseiras náuticas contra enjôo e ainda ouviu da vendedora que eles dispunham de comprimidos mais eficazes pra combater o que ela sentia. Foi apenas meu primeiro, um showroom, uma amostra das possibilidades. Visitei Nassau e a idéia era ir a Cococay, mas o senhor dos mares não autorizou. Nassau/Bahamas é um paraíso fiscal, muita gente desceu do navio com cartão de crédito na mão e sem nenhum protetor solar. Nós fomos a praia, fantástica como imaginávamos. Embora já explorada e maquiada pra receber gringos, é o caribe ora bolas, que mar é aquele?! Voltamos ao navio direto pra agência de turismo. Com olhar clínico, já sabemos qual será: Costa Maya, Jamaica e St Marteen ou St Thomaz. A idéia é embarcar no Oasis of the Seas, o maior do mundo. Analisando o briefing, desconfio que terei a mesma sensação da primeira vez.

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